Auto realização através da meditação

Autorrealização significa a realização de nossas próprias capacidades ou habilidades, isto é, expressar plenamente o que somos; implica em autoconhecimento e desenvolvimento pessoal.

Para iniciar a trilha de autoconhecimento, é necessário que sejamos capazes de mergulharmos profundamente em nós mesmos, termos uma percepção realista de quem somos, dos demais e do mundo que nos rodeia e de estarmos totalmente presentes, focados no aqui e agora.

 

A meditação é um excelente instrumento que, além de nos ajudar a manter o nosso foco de atenção no presente, nos auxilia no processo do autodesenvolvimento.

 

O ser humano iniciou as práticas meditativas ainda na pré- história quando se reunia em volta do fogo e focalizava sua atenção nas chamas por muito tempo.

Com este ritual sua consciência era afastada de seu padrão rotineiro de fugir ou lutar, passando para um estado alterado de consciência, que lhe trazia mais paz, calma e relaxamento, livrando-o de ansiedade. Isto trazia como benefício aos primitivos caçadores, maior produtividade na hora da caça.

Meditação tem sido uma prática espiritual e de saúde em muitas partes do mundo, por mais de 5 mil anos. Durante os últimos 40 anos, a prática meditativa ganhou popularidade em países ocidentais como uma estratégia terapêutica complementar mente-corpo para muitos problemas de saúde. Mas, o termo meditação parece ainda estar envolto em um ar místico e mágico.

Muita confusão ainda persiste sobre este método.  Muitas pessoas dizem que “meditar é não pensar em nada” e historicamente, esta frase foi muito utilizada e apareceu até mesmo na mídia servindo como alvo de piadas em torno de método. Por causa disto, muitas pessoas deixaram de praticar meditação e, consequentemente, deixaram de gozar de seus inúmeros benefícios. Quando se fala em “não pensar em nada”, na verdade, está se falando no que chamamos de “relaxamento da lógica”.

Meditação é um processo que envolve técnica específica, relaxamento muscular, relaxamento da lógica, estado necessariamente autoinduzido, utilização de uma “âncora”.

“Como meditar consiste em utilizar uma técnica que nos ajuda a relaxar a lógica, e essa técnica costuma ser uma espécie de truque para enganar a mente, utiliza-se um artifício de focalização (que chamamos de “âncora”) e procura-se focar toda a atenção ali. Seria como colocar todo o pensamento em um único ponto; toda a nossa gigantesca carga de pensamentos em um pequeno foco, como quem tenta colocar todo o mundo sobre uma cabeça de alfinete e esse esforço gigantesco acaba por produzindo um efeito: o estado meditativo.”

Tipos de Âncora:

  • Foco na respiração
  • Dizer um mantra ( repetição de um som ou frase)
  • Focar em um som específico
  • Focar em um ponto ou desenho

O ganho em utilizarmos uma âncora, está em nos ajudar a não nos envolvermos nas sequências de pensamentos que fatalmente irão surgir durante a meditação.

Todos os dias somos invadidos por uma torrente de sequências de pensamento, por exemplo:

Um pensamento surge em nossa mente “Puxa o João não me ligou”; logo em seguida outro pensamento que está encadeado a este aparece: “Será que aconteceu alguma coisa com ele?” “Ele parecia cansado”. Então outra sequência de pensamentos surge: “Eu também estou tão cansada e ainda tenho que passar no Banco para pagar a conta que esqueci” “ Aliás estou atrasada com este pagamento….Será que vou conseguir pegar o Banco aberto ainda hoje?” E assim por diante….. Estamos praticamente à mercê dessas correntes de pensamentos, frequentemente entregues a esse ziguezague estonteante; e, no dizer de monges budistas, os pensamentos seriam como macaquinhos que pulam de galho em galho (uma hora aparece um, logo em seguida outro e assim por diante).

No instante em que percebemos que estamos envolvidos em uma sequência de pensamentos, geralmente também percebemos que perdemos o foco na âncora. Neste momento, devemos “soltar”, “largar”, a corrente de pensamentos como se solta um balão ao sabor dos ventos e voltarmos a focar a nossa atenção na âncora, deixando de nos envolvermos na sequência de pensamentos. Logo depois aparece uma outra sequência de pensamentos e, consequentemente, a âncora será novamente perdida. De novo vamos “soltar” a sequência de pensamentos e voltar nossa atenção para a âncora, e assim por diante, sucessivamente. Esse exercício, repetido, com treino frequente, acabará levando ao relaxamento da lógica.

O relaxamento da lógica consiste em, durante a meditação, pretender “não analisar”, “não julgar” pensamentos ou efeitos da prática, “não criar expectativas” quanto à prática ou seus efeitos. Para isso, o meditador irá “evitar se envolver nas sequências de pensamentos”.

Então, meditar é tecnicamente operacionalizada por meio de um dueto básico, composto por âncora + relaxamento da lógica. Focamos na âncora e relaxamos a lógica; perdemos a âncora, percebemo-nos envolvidos na corrente de pensamentos; voltamos a focar na âncora e voltamos a relaxar a lógica; percebemos nova perda da âncora e novo envolvimento na corrente de pensamentos; voltamos à âncora e mais uma vez relaxamos a lógica; e outra vez, mais uma outra vez, até que atingimos o estado modificado de consciência tão próprio da meditação.

No que se refere aos efeitos psicológicos da meditação destacamos: diminuição da ansiedade e dos episódios compulsivos; melhora do humor; melhora da auto-confiança e autoimagem; aumento da capacidade de resiliência; fortalecimento da vontade e promoção da maturidade através da prática constante; experimentar um novo modo de ser no mundo leva a um estado de liberdade psicológica e de autorrealização.

Esse texto é de autoria de Maria Cristina Pesce e faz parte do livro “Coaching & Autorrealização”.

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